La biblioteca pública frente a la recesión

17/01/2011
Hola compañeros/compañeras:

 

Ya está disponible en Google Books el libro:

La biblioteca pública frente a la recesión,

de Javier Castillo, José Antonio Gómez y Pedro Quílez (editores)

Editada por Ediciones Tres Fronteras y ANABAD

 

Este libro reúne una variada muestra de iniciativas sociales y educativas que las bibliotecas llevan a cabo en situaciones de crisis económica o recesión. Su objetivo es mostrar las buenas prácticas para estimular su extensión, promover que cada biblioteca haga un ejercicio de reflexión sobre cómo readaptar sus servicios para los usuarios desempleados o afectados por las circunstancias que la crisis provoca. En la obra se justifica esta función de la biblioteca, se analizan los orígenes y características de la pobreza y de los procesos de exclusión social, y se intenta proponer, a través de la descripción de buenos ejemplos, que se impliquen al máximo con los colectivos más desfavorecidos.

 

Podésis consultarlo en http://books.google.es/books?id=c9nKsL81iG8C&lpg=PA1&pg=PA1#v=onepage&q&f=false o en PDF http://estaticocultura.carm.es/wbr/home/FIC20110114_010137.pdf

Autores:

  • Manuel Hernández Pedreño (Director del Observatorio de la Exclusión Social de la Universidad de Murcia).
  • María Jesús del Olmo (Directora del Centro de Recursos Informativos y Biblioteca de la Embajada de los Estados Unidos en Madrid)
  • Javier Castillo Fernández (Director de la Biblioteca Regional de Murcia),
  • Margarita Pérez Pulido (Universidad de Extremadura)
  • David Martínez Ayllón (Biblioteca Pública del Estado en Cuenca)
  • Marta Cano Vers (Jefa de Servicio de Coordinación Bibliotecaria de la Diputación de Barcelona)
  • Cristóbal Pasadas (Universidad de Granada)
  • Edgardo Civallero (docente e investigador licenciado en Bibliotecología y Documentación por la Universidad Nacional de Córdoba- Argentina)
  • Loida García-Febo, Presidente de REFORMA y Assistant Coordinator del programa New Americans de la Biblioteca de Queens (Nueva York)La obra incluye como anexo la Declaración de Murcia sobre la acción social y educativa de las bibliotecas públicas

    http://travesia.mcu.es/portalnb/jspui/bitstream/10421/2902/1/Declaracion_Murcia.pdf

    Un cordial saludo

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  • Reunião de setembro: Web 2.0 e a Magia do Livro

    09/09/2009

    Na sexta-feira passada, dia 04 de setembro, a magia do livro invadiu a Faculdade de Biblioteconomia e Comunicação. Antes que a reunião do Fórum Gaúcho pela Melhoria das Bibliotecas Escolares começasse, o auditório decorado com desenhos e outras produções dos alunos das redes de ensino presentes contribuía para que todos estivessem à vontade para ouvir os relatos, num clima de Hora do Conto.

    As primeiras falas, contudo, tratavam de uma realidade bem séria. A presidente do Conselho Federal de Biblioteconomia, Nêmora Arlindo, destacou as ações desse órgão para valorizar as bibliotecas escolares, que em sua maioria não apresentam condições adequadas para atender os alunos. Dentre essas iniciativas, Nêmora citou o apoio da Unesco e do Instituto Pró-Livro, que auxiliaram o CFB a estabelecer um diálogo com o MEC. Outro fato a ser destacado é o curso em EAD para bibliotecários, vinculado à Universidade Aberta do Brasil. A fala seguinte foi de Fernanda Melchionna, representando a Câmara Municipal de Porto Alegre.

    Fernanda, que é a única vereadora bibliotecária do País, resumiu sua opinião sobre a importância das bibliotecas na educação com uma sentença que foi parafraseada várias vezes ao longo da tarde: “A biblioteca precisa ser o coração da escola”. Em seguida, ela aproveitou a ocasião para divulgar o lançamento da Frente Parlamentar de Bibliotecas Escolares, que ocorrerá no dia 24/09, quinta-feira, pela manhã, na Câmara. Loiva Teresinha, integrante da Comissão de Educação e Cultura do CRB-10 que mediou a reunião, incentivou os bibliotecários do Interior a repetirem essa iniciativa em seus municípios, para criar uma rede de parlamentares pela melhoria das bibliotecas. “O mundo do livro é o que nos salva da ignorância e da violência”, justificou Loiva.

    A reunião era sobre as bibliotecas, mas foi o livro – e a escrita – quem chamou a atenção. A Rede Municipal de Ensino de Novo Hamburgo, que compareceu à reunião para fazer um relato de suas experiências positivas na gestão das bibliotecas escolares, levou três escritoras que trabalham com educação na rede (sendo duas delas bibliotecárias) para falarem sobre suas obras. A professora Rosângela Mariano, autora dos livros Utopia e Peixinho Pirulin, foi a primeira a falar, destacando seu amor pela poesia e pela possibilidade de mostrar suas obras para as crianças. Liliane Greuner, que escreveu o livro Ovelha negra, eu? após discutir o racismo em sala de aula, falou sobre como é importante ter liberdade no acesso aos livros durante a época escolar. Ela contou que estudava em um colégio de freiras, e os livros ficavam numa cristaleira fechada. “Quando a gente queria um livro, precisava pedir autorização e a chave para a irmã. E isso que nem sou tão antiga!”, ela brincou. O tom bem humorado continuou com o relato de Mayra Leie, que aproveitou a oportunidade para ler poemas de seu novo livro, Doces. As escritoras foram unânimes: o contato da criança com o autor é importantíssimo, pois desmistifica a figura do escritor. Ao saber que quem escreve é uma pessoa de carne e osso, os alunos aprendem que não há barreiras para que eles próprios um dia publiquem textos também.

    Karlete Behrend, que conquistou o primeiro lugar no prêmio Professores do Brasil por seu projeto Biblioteca Escolar: embarque na magia da leitura você também, concorda com as escritoras. Tanto é que seu projeto inclui a visita de escritores às escolas, para aproximar alunos e os autores dos livros que eles leem. Mas não são só as crianças que são incentivadas a ler: em Novo Hamburgo, as bibliotecas escolares também querem se aproximar dos pais. Para isso, foi criada a Sacola da Família, que inclui títulos variados para leitores de todas as idades. As bibliotecas escolares do município de Lindolfo Collor divulgaram ações semelhantes: cada biblioteca deve ter um “escritor padrinho”, e oferecer “Bolsas Literárias” com 15 títulos diferentes, para agradar a família toda.

    Na reunião, também surgiram histórias de renovação. A primeira foi a da EMEF Dr. Antônio Bemfica Filho, que pôde reconstruir e equipar sua biblioteca graças a uma parceria com a Justiça Federal de Novo Hamburgo, que destinou parte das verbas de multas para o projeto da Escola. A apresentação de uma reportagem da TV Justiça que conta essa história (veja abaixo) comoveu os presentes. Até Tatiana Fortes, professora que representou essa escola na reunião, não resistiu e chorou ao ver retratada na tela a alegria de seus alunos com a biblioteca nova. “Eu ainda me emociono”.

    Outra escola que mostrou uma reformulação do espaço de sua biblioteca foi a EMEF São Jacó, também de Novo Hamburgo. A biblioteca ganhou um novo espaço, um novo nome – Biblioteca Pequeno Príncipe – e foi redecorada, para que as crianças sentissem vontade de visitá-la. O único problema é o acesso: como a nova sala fica num sótão, uma aluna com dificuldades de locomoção acaba não podendo visitar esse ambiente.

    Essa dificuldade pode ser contornada com as TIC, Tecnologias de Informação e Comunicação. As professoras Eliane Moro e Lizandra Estabel, em sua palestra sobre a Web 2.0, destacaram o papel da Internet na aproximação entre as pessoas e o conhecimento. “A Web 2.0 é inclusiva, e a gente supera qualquer dificuldade para fazer parte dela. Como profissionais de informação, é nosso dever levar a informação ´para todos”, defendeu Eliane. Para ilustrar isso, elas citaram o caso de estudantes cegas do curso de biblioteconomia em EAD, que se sentiram mais incluídas no ambiente virtual de aprendizagem do que numa sala de aula comum, pois ali sua deficiência passava despercebida. Para mostrar que todos podem aproveitar as potencialidades dos meios digitais, as professoras mostraram um áudio que Ana Lúcia Leite, uma bibliotecária cega, produziu com seus alunos, também portadores de deficiência visual.

    A principal característica da Web 2.0 é que, com ela, a Web se torna uma plataforma para que os próprios usuários criem seu conteúdo. Blogs, sites de redes sociais, fóruns e wikis são alguns dos exemplos de locais que a rede disponibiliza para que o internauta comum possa se expressar. Alguns exemplos de blogs de bibliotecas foram citados, com destaque para o Blog da Kátia, criado despretensiosamente e que hoje, um ano depois de seu lançamento, já conta com quase 40 mil acessos e recebeu indicação para o prêmio Top 100 Blogs. E essa é outra magia – como quando, na escola, recebemos a visita de um escritor e descobrimos que artistas são gente, e que também podemos escrever. A diferença é que agora, sabemos como e onde publicar.