O patrono da 56ª Feira do Livro de Porto Alegre, Paixão Côrtes, participou da abertura da 18ª Reunião do Fórum Gaúcho pela Melhoria das Bibliotecas Escolares, que aconteceu na manhã desta sexta-feira (29) na Casa do Pensamento, no Cais do Porto. Também fizeram parte da mesa a presidente do Conselho Federal de Biblioteconomia, Nêmora Rodrigues, a Presidente do Conselho Regional de Biblioteconomia Loiva Teresinha Serafini e o presidente da Câmara Rio-Grandense do Livro, João Carneiro.
Nêmora comemorou a aprovação da Lei nº 2.244, que obriga toda escola a ter uma biblioteca. “É uma coisa que parece óbvia, mas o nosso país precisa desse tipo de lei”, disse. João Carneiro afirmou que era uma honra começar a Feira com um evento que discute a melhoria das bibliotecas escolares e que o desafio a partir de agora é buscar a implantação de políticas públicas que garantam o custeio das bibliotecas.
O folclorista Paixão Côrtes expôs alguns dados levantados durante a pesquisa que fez em 2004 sobre o número de escolas, bibliotecas e museus existentes no Rio Grande do Sul.
Logo depois, durante sua palestra “Aprendendo sobre o Rio Grande do Sul através dos livros”, contou que, em 1947, quando começou a se formar o movimento tradicionalista gaúcho, não havia materiais sobre os costumes gaúchos nas bibliotecas. “A ditadura de Vargas proibiu hinos e bandeiras regionais”, lembrou. Foi assim que ele começou a realizar pesquisas sobre os hábitos, danças e canções gaúchas e a produzir livros. “A palavra falada desaparece. A palavra escrita é o que torna as informações permanentes”, afirmou.
Questionado sobre a influência dos negros na cultura gaúcha, Paixão cantou uma canção que faz parte dos costumes dessa etnia e que integra o seu livro “Folclore Gaúcho”. No final do encontro, cantou “Hino ao Rio Grande”, acompanhado pela plateia, que ficou lotada durante todo o evento.
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